A gestão dos negócios em geral é regida por uma lei de causa e efeito, caracterizada por meios e fins.
Os fins, sistemas de processos que elaboram e entregam bens e serviços que irão satisfazer às necessidades das pessoas, os clientes, são gerenciados através de sistemas de processos organizacionais, os meios (Gestão Financeira, Gestão de Pessoas, Gestão da Conformidade Organizacional e outros) para:
• Conceber bens e serviços direcionados atender às necessidades das pessoas;
• Vender;
• Produzir os bens;
• Entregar os bens ou prestar os serviços;
• Dar assistência pós-venda aos clientes.
Realizar a gestão dos negócios, ou gerenciar é um processo cíclico que contempla as seguintes etapas:
• Estabelecer metas;
• Elaborar planos de ação para alcançar as metas estabelecidas;
• Verificar os resultados obtidos para avaliar o atingimento das metas;
• Adotar ações corretivas para corrigir os desvios de resultados;
• Padronizar as ações de sucesso.
Existe na literatura e no mercado da consultoria em gestão dos negócios uma grande variedade de Sistemas e Modelos para Gestão.
A maioria deles está baseada no ciclo do Dr. William Edwards Deming, o PDCA, iniciais das palavras em inglês Plan, Do, Check, Act e ainda em uma outra versão, o PDCL, iniciais das palavras Plan, Do, Check, Learn (em português: aprender), versão final adotada pelo Dr. Deming.
Há ainda uma metodologia desenvolvida por Robert Kaplan e David Norton, o Balanced Scorecard, mais conhecido pela sigla BSC, que estrutura a estratégia através de quatro perspectivas:
• cliente
• interna
• inovação e aprendizado
• financeira.
Para fazer a gestão dos negócios é fundamental termos conhecimento técnico sobre o tema ou processo do qual queremos fazer a gestão.
Do contrário será muito difícil, quase impossível, obter algum resultado relevante da prática.
Isso se aplica tanto gestão dos negócios no plano empresarial ou organizacional quanto ao plano pessoal.
“Só é gerenciado aquilo que se mede” disse Kaoru Ishikawa.
Medir é fundamental, mas não é suficiente na gestão dos negócios.
Precisamos ter uma referência para comparar com o resultado medido e concluirmos sobre a sua qualidade:
Boa?
Ruim?
Podemos utilizar “benchmarks” (traduzindo: melhores resultados conhecidos para um determinado indicador).
Os benchmarks são utilizados para comparar o desempenho entre diferentes organizações relativos a uma determinada atividade ou a um processo.
Em todos os modelos existentes o gerenciamento dos resultados é realizado a partir da definição de METAS.
As metas representam os resultados que queremos alcançar ao final de um determinado período de atividade, um ciclo.
Uma meta bem definida compreende três dimensões: o objetivo, um valor e um prazo, sem o quê estará descaracterizada:
Objetivo: que resultado devemos alcançar, definido por um verbo no infinitivo e um indicador;
Valor: em que nível devemos alcançar o resultado, e
Prazo: até quando devemos alcançar o resultado no valor definido.
Um exemplo de meta:
Alcançar perdas na produção de parafusos de no máximo 2% até 15/12/2019.
Estabelecer uma meta não é uma tarefa simples.
Precisamos avaliar todo um contexto, incluindo os resultados conhecidos do passado, a validade desses dados, as variações, as ocorrências e as alterações implantadas e previstas:
• nos processos;
• nos equipamentos;
• nos materiais;
• nas especificações;
• no ambiente;
• nos operadores;
• e nos procedimentos operacionais.
A meta proposta necessita ser validada, tanto pelo nível hierárquico superior quanto pelos executores dos processos que entregarão o resultado.
O psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, de nacionalidade croata, radicado nos Estados Unidos, em uma de suas publicações, a teoria da psicologia da experiência ótima (título em inglês: Flow the psychology of optimal experience) em 1990, relata estados de consciência, involuntários, provocados pela forma como as pessoas são desafiadas.
Segundo Csikszentmihalyi as pessoas que se sentem desafiadas para desempenhos muito acima do seu nível de conhecimento e habilidades assumem uma postura de extrema ansiedade e aquelas que se sentem desafiadas para desempenhos muito abaixo de sua capacidade assumem uma postura de extremo aborrecimento, desmotivadas.
Segundo ainda Csikszentmihalyi essas pessoas, na maioria dos casos, dificilmente conseguirão entregar os resultados demandados.
Já as pessoas desafiadas pouco acima de suas capacidades ou conhecimento, assumirão uma postura positiva que Csikszentmihalyi denominou de experiência ótima (optimal experience) ou Fluxo (flow em inglês) entregarão os resultados demandados.
Após a meta ter sido definida e validada é necessário estabelecer todos os passos que precisamos dar para sermos bem-sucedidos e entregarmos o resultado, elaborando o Plano de Ação com todas as medidas necessárias.
O Plano de Ação é constituído por ações (medidas) que serão implementadas para transformar o processo e torná-lo capaz de alcançar o novo patamar de desempenho.
Cada ação do plano deverá ter um único responsável (uma pessoa da área onde a ação será implementada), um prazo definido por uma data (dia, mês e ano), um texto iniciado por um verbo no infinitivo e o objeto da ação.
Exemplo:
Implantar o novo procedimento operacional padrão para a tarefa “25 – Liberar o embarque da mercadoria” no Processo Expedição; Responsável: Marcos Tadeu Santos, Prazo: 29/02/2020.
A implantação da Gestão por Resultados em uma organização, um negócio, deve ser precedida de um Diagnóstico da Gestão para avaliar o nível de desenvolvimento gerencial do negócio.
A partir dos resultados desse diagnóstico podemos estruturar um Projeto de Desenvolvimento da Gestão por Resultados nessa organização com as melhores perspectivas de sucesso.
Conte comigo para te auxiliar em todo processo de transformação de sua empresa.