Por quê, até mesmo projetos executados com excelência, não geram resultados positivos para as empresas?
Se sabemos que todo resultado tem uma origem, e que podemos analisá-los com simples diagramas de causa/efeito não deveria ser difícil identificar os problemas e evitar o desperdício, no entanto as empresas pecam em suas deliberações.
Empresas tem grandes perdas que não se limitam somente aos recursos financeiros, mas também recursos como tempo, energia e credibilidade da equipe em poder gerar diferencial competitivo.
Vamos analisar de forma simples os riscos que as empresas se expõem.
Risco alto de até 100 % de desperdício
Empresas que não planejam.
Este é o grupo com maior risco de fracasso, e consequentemente desperdício.
Geralmente os projetos são propostos a partir de um indivíduo ou uma determinada área da empresa com grande poder de influência, para solucionar um problema ou realizar um desejo desalinhado as necessidades da empresa e seus clientes.
Empresas que vinculam projetos ao orçamento dos departamentos.
Cada departamento administra seus recursos de forma independente, executa seus projetos para atingir seus objetivos e metas independente das necessidades da empresa e seus clientes.
Empresas que não integram seus colaboradores ao processo de planejamento.
Não desenvolvem a cultura de planejamento e o espírito de equipe (time), delegando apenas a alta direção a definição das estratégias e a elaboração do plano de ação.
A alta direção não percebe a realidade de suas operações, as necessidades de mudanças de seus processos e principalmente as oportunidades de melhorias de produtos e serviços que lhe geram diferencial competitivo.
Não gera engajamento dos colaboradores a execução do plano de ação proposto.
Muitas das vezes os planos vão parar nas gavetas de seus idealizadores ou geram projetos que são abortados durante a sua execução.
Empresas desconhecem ou não acreditam nos benefícios do planejamento.
Muitas dessas empresas já tentaram trabalhar com planejamento e não obtiveram resultado por um conjunto muito grande de fatores.
Geralmente empresas que nasceram e cresceram com uma liderança muito forte de seu fundador, que pela sua capacidade empreendedora, determina o ¨norte¨ que a empresa deve seguir.
Empresas que não alinham suas estratégias as necessidades de seus clientes.
Não focar no cliente o principal fator de sua existência e missão.
Para todas essas empresas vale a máxima de Peter Drucker, pai da administração moderna.
Risco médio
Empresas que investem na cultura de planejamento, integrando seus colaboradores na definição da estratégia, objetivos, critérios de priorização, metas e indicadores, porém não desenvolvem seu plano de ação estruturado em projetos com atribuição clara de responsabilidades.
Um bom planejamento é capaz de estabelecer uma estratégia vencedora, porém somente a sua execução garante a sua eficácia e evita desperdício.
Baixo risco, média de 10 % de desperdício
Empresas que investem na cultura de planejamento, integrando seus colaboradores na definição da estratégia, objetivos, critérios de priorização, metas e indicadores.
Empresas que desenvolvem seu plano de ação estruturado em projetos com atribuição clara de responsabilidades.
Empresas que investem na cultura de gestão de projetos.
Estatísticas relativas à perda média de dinheiro investido em projetos feitas pelo PMI – Project Management Institute em 2017 apontam para um percentual médio de 9,8 %, ou seja, a cada um US$ 1.000.000,00 investidos perdemos US$ 98.000,00.
Os valores estão em US$ porque estas são informações de nível mundial.
Agravante cultural
No Brasil temos um enorme agravante que é a nossa cultura de executar os projetos sem planejamento e gestão.
O número de projetos que não entregam o prometido ao cliente, são entregues com atraso e custos que superam o orçamento inicial.
Tudo isso impacta diretamente na qualidade dos projetos.
De acordo com Standish Group CHAOS Report 2016:
29% de sucesso
52% sofreram alterações
19% simplesmente falham.
Estatísticas relativas à perda média de dinheiro investido em projetos feitas pelo PMI em 2017 apontam para um percentual médio de 9,8 %, ou seja, a cada um US$ 1.000.000,00 investidos perdemos US$ 98.000,00.
Os valores estão em US$ porque estas informações são de nível mundial.
Está claro que desperdiçamos muitos recursos, isso é tangível, no entanto não enxergamos o diferencial competitivo que deixamos de gerar, a fidelização dos clientes que não retemos e as oportunidades de negócios que entregamos para os nossos concorrentes.
Mudar a cultura é um processo muito difícil e doloroso.
Quebrar verdades impostas pela cultura, fazer diferente, envolver os colaboradores, estabelecer parcerias com clientes e fornecedores, enfim, inovar.